O preço da passagem de ônibus na cidade do Rio de Janeiro aumentará de R$ 4,70 para R$ 5,00 a partir de 4 de janeiro de 2026. O reajuste foi oficializado por decreto publicado no Diário Oficial nesta 3ª feira (30.dez.2025) e afetará todos os serviços de transporte coletivo da capital, incluindo ônibus convencionais, BRT (Bus Rapid Transit) e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
O aumento abrange também o sistema STPL (Sistema de Transporte Público Local), os “cabritinhos” e transportes especiais que circulam pela cidade. O decreto argumenta que a medida segue parâmetros estabelecidos na legislação municipal e está em conformidade com acordos judiciais firmados entre a administração municipal, o Ministério Público e os consórcios operadores.
A decisão de reajustar a tarifa foi tomada para cumprir os termos estabelecidos nos contratos de concessão com as empresas de transporte. O decreto segue fórmulas contratuais com indicadores atualizados até novembro de 2025.
Embora os passageiros paguem R$ 5,00 nas catracas, as concessionárias receberão R$ 6,60 por usuário transportado. A diferença de R$ 1,60 será coberta pelo município através do subsídio tarifário.
O texto assinado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirma que “o reajuste tarifário visa garantir o equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte público municipal, assegurando a continuidade e qualidade dos serviços prestados à população carioca”.
O IRK (Indicador de Receita por Quilômetro) também sofrerá alteração, passando a ser de R$ 9,00 a partir de 1º de janeiro. Desse valor, R$ 3,06 correspondem ao subsídio por quilômetro.
O BUC (Bilhete Único Carioca) também será afetado pelo reajuste. Recentemente, o BUI (Bilhete Único Intermunicipal) teve seu valor aumentado de R$ 8,55 para R$ 9,40, representando alta de 9,44%. Esse aumento, vigente desde 19 de dezembro, afeta beneficiários com renda de até R$ 3.205,20.
A Secretaria Municipal de Transportes do Rio esclareceu que todos os usuários do BUI, inclusive aqueles com créditos antigos, passaram a pagar o novo valor de R$ 9,40. O benefício atende 425.428 pessoas em 20 cidades da Região Metropolitana e permite até duas integrações em três horas, desde que uma delas seja intermunicipal.


