O Parlamento israelense aprovou em votação preliminar uma comissão de inquérito para investigar as falhas de segurança que permitiram o ataque do Hamas em território israelense. Será supervisionada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Linkud, direita).
A votação se deu na 4ª feira (24.dez.2025), depois que a criação de um mecanismo para apurar as circunstâncias que levaram ao atentado de 7 de outubro de 2023, quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas, foi adiado por meses.
A proposta determina que os parlamentares da coalizão governista, que tem maioria no Legislativo, escolham os integrantes do comitê investigativo mediante acordo com grupos da oposição. O formato difere do modelo tradicionalmente adotado em Israel, que seria uma comissão estatal independente liderada pela Suprema Corte.
O projeto foi aprovado por 53 votos a favor e 47 contrários. A medida provocou críticas da oposição e de familiares das vítimas do atentado responsável por desencadear uma guerra de 2 anos contra o Hamas. O desejo desses grupos era a adoção de uma comissão sem a supervisão de Netanyahu.
O deputado Yair Lapid, líder da oposição, afirmou que “o objetivo desta proposta é ajudar o primeiro-ministro a escapar da responsabilidade. Ele era o primeiro-ministro em 7 de outubro, não se safará. A oposição não cooperará com esta farsa vergonhosa”.
Não há informações sobre quando será realizada a votação final da proposta ou se haverá modificações no formato da comissão antes de sua implementação definitiva.


