Uma operação policial na Favela do Moinho, na região central de São Paulo, acabou em tiroteio nesta 6ª feira (19.dez.2025). Um homem foi baleado, segundo a PM, durante um confronto. O plano das autoridades era prender traficantes que estariam impedindo a remoção de famílias do local. Até o início da noite, os líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) procurados não tinham sido presos.
“A Polícia Militar realiza uma ação para cumprimento de mandado de busca e apreensão na tarde desta sexta-feira (19), na comunidade do Moinho. Durante a operação, houve troca de tiros e um suspeito foi atingido, sendo socorrido pela equipe do Corpo de Bombeiros. A ocorrência está em andamento”, disse a secretária de Segurança Pública, sem informar detalhes sobre o estado de saúde do homem baleado.
Segundo a polícia, os procurados são traficantes vinculados a Leonardo Moja, conhecido como “Leo do Moinho”, apontado como chefe local do PCC. Mesmo preso desde 2024, Leo continuaria controlando atividades criminosas no local. Uma de suas atividades era fornecer drogas para a cracolândia, no bairro vizinho da Luz. O governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), diz ter acabado com a cracolândia.
Em abril de 2025, foi lançada a Operação Dignidade Comunidade do Moinho, iniciativa dos governos estadual e federal para oferecer moradia aos residentes. O plano é remover as 824 famílias que habitam o local, com a posterior transformação da área em um parque público. A comunidade está localizada entre 2 linhas ferroviárias do centro.
Em junho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi à Favela do Moinho e criticou a violência que a PM teria usado para a remoção dos moradores da comunidade no dia 18 de abril.

