Enel — Foto: Divulgação/Enel
O Estado de São Paulo vai romper o contrato com a concessionária Enel, segundo anunciaram nesta terça-feira (16/12) o governador Tarcísio de Freitas, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A decisão vem após mais uma sequência de dias em que parte da população de São Paulo sofreu com a falta de luz na maior cidade do país, depois da passagem de um ciclone extratropical e rajadas de vento que chegaram a quase 100 km/h na semana passada.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) dará início, a pedido do ministério, ao chamado processo de caducidade, que dá partida ao rompimento de contrato com a multinacional italiana.
Tarcísio, Nunes e Silveira participaram de uma reunião sobre o assunto que durou 3h nesta terça, segundo o prefeito de São Paulo.
De acordo com o ministro Alexandre Silveira, sua presença na reunião em São Paulo foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Como o governador disse, a Enel perdeu, inclusive do ponto de vista operacional, as condições para continuar à frente do serviço de concessão em São Paulo", disse o ministro.
Durante a reunião, segundo Nunes, foram apresentados documentos que demonstram "a ineficiência da Enel" na cidade de São Paulo e em outros 23 municípios paulistas atendidos pela concessionária.
"Se identificou claramente que a Enel não tem a estrutura e o compromisso para fazer frente às necessidades, principalmente quando tem alguma situação adversa por conta das mudanças climáticas",
Ele afirmou que a decisão vai abrir caminho para "uma empresa que tenha condições de atender bem a população de São Paulo".
Na segunda-feira (15/12) à noite, ainda havia 50 mil domicílios sem energia, cerca de uma semana após as fortes rajadas de vento, de acordo com Nunes.


