A coleção do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) vai dobrar de tamanho — e passará a ser tão contemporânea quanto moderna.
Eduardo Costantini — o colecionador e empresário argentino que é dono do museu inaugurado em 2001 — anunciou hoje a compra da Daros Latinamericana. A coleção suíça reúne 1.233 obras de 117 artistas da região, produzidas principalmente entre as décadas de 1950 e 2010.
Com isso, o acervo do Malba, que já era a grande referência pública em arte latino-americana moderna, passa a contar com cerca de 2,6 mil obras e vira também autoridade em arte contemporânea.
Na seleção há obras de 19 artistas brasileiros, como um quadro da série Planos em Superfície Modulada, de Lygia Clark, uma escultura Relevo Espacial, de Hélio Oiticica, e a instalação Missão/Missões (Como construir catedrais), de Cildo Meireles; e de vários outros célebres artistas do continente, a exemplo da projeção Lumière visualisee, do argentino Julio Le Parc e da série de fotos Untitled (Glass on Body Imprints), da cubana Ana Mendieta.
A forte presença de vídeos, fotografias e instalações reforça o perfil contemporâneo da coleção e amplia de forma significativa a representação dos formatos no museu, disse o Malba em comunicado.
O museu também passará a expor 75 artistas inéditos e terá diversos novos países representados, como Costa Rica, Honduras, Jamaica, Panamá e República Dominicana.
Agora, o curador brasileiro Rodrigo Moura — que passou pelo Inhotim, MASP e Museo del Barrio de NY antes de se tornar diretor artístico do Malba no início do ano — será o responsável por arrumar a casa, mas vai ficar apertado.
Não por acaso, Costantini anunciou que irá expandir as instalações do Malba.
O empresário irá construir a partir do ano que vem — quando o museu completa 25 anos — um anexo subterrâneo abaixo da Praça República do Peru, localizada ao lado do prédio onde já residem obras como o Abaporu, de Tarsila, e o Autorretrato con chango y loro, de Frida Kahlo.
Após as obras, que devem ser concluídas em 2029, o museu passará a contar com 8,3 mil metros quadrados, o dobro do tamanho atual. O investimento será de cerca de US$ 20 milhões, disse a Folha de S. Paulo.
A coleção Daros Latinamericana foi estabelecida em 2000 pelo então casal suíço Ruth e Stephan Schmidheiny.
Depois de ser exibido em Zurique até 2011, o acervo ganhou um museu no Rio, a opulenta Casa Daros, em Botafogo. No entanto, a iniciativa não durou nem três anos e fechou as portas em 2015. Desde então, as obras da coleção vinham sendo emprestadas para exposições ao redor do globo.
Os valores da transação não foram divulgados.
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