O Bitcoin segue em tendência de baixa desde que atingiu sua máxima histórica de US$ 126.000 em outubro, mas sinais recentes apontam para uma mudança relevante no comportamento dos investidores. Após meses de vendas contínuas, a pressão vendedora começa a perder força. Ao mesmo tempo, indicadores de acumulação mostram que grandes players voltaram a comprar, mesmo em um cenário ainda marcado pela cautela.
Durante esse período de correção, muitos investidores migraram para ativos considerados mais estáveis. No entanto, esse movimento parece estar se esgotando. Aos poucos, o mercado passa a exibir maior convicção na manutenção de posições em Bitcoin, que atualmente está sendo negociado em torno de US$ 86,910, fortalecendo a tese de uma recuperação gradual nos próximos meses.
Fonte coinmarketcap
Além disso, dados on-chain revelam que o sentimento do mercado deixou de ser defensivo. Embora o preço ainda oscile abaixo de níveis-chave, o comportamento dos detentores aponta para uma fase de consolidação, frequentemente observada antes de novos ciclos de alta.
Um dos sinais mais observados no momento vem do Índice de Sharpe do Bitcoin, que mede o retorno ajustado ao risco do ativo. O indicador atingiu um patamar histórico semelhante ao registrado antes do grande ciclo de alta de 2021. Esse padrão chama a atenção porque, naquela época, o Bitcoin iniciou uma valorização forte após meses de acumulação silenciosa.
Se o comportamento histórico se repetir, o mercado pode ter até oito meses de valorização antes de entrar em uma zona considerada de maior risco. Essa zona, nos ciclos anteriores, marcou o início de fases mais amplas de correção. Ainda assim, o cenário atual sugere que o risco imediato permanece limitado, desde que o preço consiga sustentar os níveis atuais.
Fonte: CryptoQuant
Por outro lado, analistas destacam que a perda desse suporte pode levar o Bitcoin a testar zonas de menor risco, o que abriria espaço para novas quedas no curto prazo. Mesmo assim, a ausência de vendas agressivas indica que muitos investidores preferem esperar.
Os dados de reservas reforçam essa leitura. As exchanges concentram atualmente cerca de 2,7 milhões de BTC, o menor nível em meses. Esse movimento indica que investidores estão transferindo seus ativos para carteiras privadas, reduzindo a oferta disponível para venda imediata.
Ao mesmo tempo, a atividade de wholecoiners, investidores que movimentam mais de um Bitcoin por transação, caiu de forma expressiva na Binance. O fluxo anual médio desse grupo recuou para 6.500 BTC, enquanto a média semanal fica em torno de 5.200 BTC, o menor patamar já registrado na plataforma.
Fonte: CryptoQuant
Essa queda sugere menor disposição para vender, embora o uso crescente de múltiplas corretoras também influencie os dados. Ainda assim, o fluxo líquido de Bitcoin permanece uma métrica central. Segundo o Netflow, os investidores iniciaram a semana com compra líquida de US$ 9,7 milhões, enquanto o acúmulo total da semana chegou a US$ 1,39 bilhão, o maior nível em quase três semanas.
Outro sinal relevante vem dos detentores de longo prazo. O indicador Binary Coin Days Destroyed (CDD) caiu para zero, mostrando que esses investidores não estão movimentando seus Bitcoins. Enquanto esse dado permanecer nesse nível, a pressão vendedora tende a seguir baixa, sustentando a leitura de que a acumulação está em curso e que a estrutura de alta permanece preservada para as criptomoedas promissoras.
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