Ministro Secretaria Geral da Presidência diz que, em vez de ajudar condenados por tentativa de golpe, deputados deveriam taxar milionários e reduzir jornada do trabalhadorMinistro Secretaria Geral da Presidência diz que, em vez de ajudar condenados por tentativa de golpe, deputados deveriam taxar milionários e reduzir jornada do trabalhador

Boulos questiona Câmara e critica alívio de pena para bolsonaristas

2025/12/11 01:26

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Guilherme Boulos (Psol-SP), questionou as prioridades da Câmara durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara nesta 4ª feira (10.dez.2025). Ele criticou a aprovação do PL (Projeto de Lei) da Dosimetria, que reduz penas de condenados por tentativa de golpe de Estado. Defendeu que os congressistas priorizem temas como o fim da escala de trabalho 6 X 1.

“O povo brasileiro ficaria muito feliz se a nossa Câmara tivesse passado a última madrugada debatendo, votando, se precisasse ficar até as 4 da manhã que ficasse, mas para debater o fim da escala 6 X 1, para debater a taxação de milionários, para debater as pautas que interessam ao povo brasileiro”, disse.

A manifestação do ministro se deu horas depois da votação de deputados que aprovou na madrugada o PL da Dosimetria com 291 votos favoráveis e 148 contrários. O projeto que ajuda bolsonaristas condenados por tentar dar um golpe de Estado no Brasil agora segue para análise no Senado.

Durante sua participação na audiência da comissão, Boulos criticou a confusão de 3ª feira (9.dez) na Câmara. O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) ocupou a Mesa Diretora e foi retirado à força pela Polícia Legislativa a mando do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). 

“Nós temos o sinal da TV Câmara cortado, nós temos jornalistas e parlamentares agredidos a mando do comando da Casa, o que é próprio de posturas e de regimes ditatoriais. Não é algo que se deve conviver e se naturalizar dentro da democracia”, disse.

O ministro foi chamado à comissão da Câmara para discutir a redução da jornada de trabalho. Enquanto isso, no Senado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) aprovou o relatório da PEC 148/2015, que prevê o fim da jornada de trabalho 6 X 1 e estabelece a redução progressiva da carga horária semanal.

A proposta, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) e outros, não constava na pauta do dia, mas foi incluída pelo presidente do colegiado, senador Otto Alencar (PSD-BA). O texto agora segue para o plenário do Senado.

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